A cegueira seletiva da militância online

Porque é que tantos militantes ignoram escândalos de corrupção dentro do próprio partido? A resposta está na necessidade de manter uma imagem de superioridade moral. Vamos explorar como essa cegueira seletiva funciona e porque é tão difícil para alguns reconhecerem os erros do seu próprio grupo político.

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Quando um escândalo de corrupção atinge um partido rival, a militância online reage com indignação.

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Mas quando o mesmo acontece dentro do próprio partido, o silêncio ou a minimização tomam conta.

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Esta seletividade não é coincidência – é uma estratégia para preservar a imagem de superioridade moral e evitar

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fissuras na narrativa política.

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A lealdade ao partido muitas vezes supera a busca pela verdade.

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Militantes justificam escândalos internos como ‘casos isolados’ ou ‘ataques da oposição’.

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Em vez de exigir responsabilidade, preferem proteger a reputação do grupo.

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Esse comportamento reforça a impunidade e perpetua a corrupção, pois os líderes sabem que terão sempre defensores incondicionais.

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A militância online também recorre a táticas de distração.

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Quando um escândalo surge, rapidamente mudam o foco para erros do adversário, criando uma falsa equivalência.

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‘E o outro lado?’ torna-se o argumento principal, desviando a atenção da corrupção interna e mantendo a ilusão

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de que o seu partido continua moralmente superior.

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Este comportamento não apenas protege políticos corruptos, mas também enfraquece a democracia.

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Quando a militância se recusa a cobrar responsabilidade do próprio partido, a corrupção torna-se um problema sistémico.

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A verdadeira mudança só acontece quando a exigência por ética e transparência é maior do que a lealdade

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cega a qualquer grupo político.